Escrito por Elaine Lourenzo

11/06/2009

Pesquisas escolares na internet

Não podemos culpar a internet pelas cópias na íntegra de pesquisas escolares. Isso sempre aconteceu, só que os meios eram outros.

Há alguns anos, quando pedíamos uma pesquisa sobre determinado tema, recebíamos cópias fiéis de livros didáticos ou enciclopédias. Hoje, com o avanço tecnológico, os alunos que têm acesso à internet preferem esse meio de pesquisa por ser mais rápido e prático para eles. Mas, com toda essa facilidade e as ferramentas disponíveis, alguns aproveitam para copiar trechos ou textos inteiros sem sequer lerem aquilo que estão copiando. Às vezes, deixam até a fonte de pesquisa no rodapé da página.

Quando surgem esses problemas, logo enxergamos o aluno como o único culpado por isso. Mas, se fizermos uma análise crítica do nosso trabalho, enquanto professores, veremos que também temos nossa parcela de culpa, quando apenas pedimos a pesquisa sobre determinado tema, sem uma maior orientação para o desenvolvimento do trabalho.

Talvez, uma boa solução seria ler artigos sobre o tema na sala de aula e discuti-lo com os alunos, antes de pedir para que eles o pesquisassem. Dessa forma, eles teriam propriedade sobre o assunto e estariam mais direcionados na sua busca em diversas fontes. Além disso, pode-se questioná-los sobre aquilo que pesquisaram, confrontando opiniões e gerando um debate em sala de aula.

Quanto à questão da autoria, muitos alunos desconhecem ser o plágio um ato criminal. Isso deve ser discutido em sala de aula, mostrando a eles que podem usar trabalhos publicados, mas apenas como fontes de referência e que sejam citados com as referidas fontes. Entretanto, copiá-los na íntegra, além de ser crime, não permite que eles construam um conhecimento sobre o tema pesquisado. Logo, não atingiriam o objetivo da pesquisa.

Elaine Lourenzo
Professora de Português
C.E.Domício da Gama